…Não obstante, em busca de encontrar-se por entre a mata adentro, a criança avistou a majestosa árvore. Enebriada
encheu-se completamente de todas de si mesma e estagnada fixou o seu olhar ao centro da clareira…
O tempo cedeu a si próprio e perplexo parou, o silêncio da criança era sorriso que de seus poros se esvaia.
O olhar fixo, iluminado, soltou a sua melhor gota que leve e lentamente flutuou em direção aos lábios sedentos da terra a aguardar o seu saborear… Sua alma desejou o deslizar de dedos sobre seu tronco, estendendo um de seus braços em sua direção…
Ali estava ela!
Olhava-a como à seu próprio reflexo…
Seus lábios balbuciaram o nome cujo sabor a língua colhia, atando-o como a uma estrela ao céu da boca, em forma do sagrado líquido que das suas folhas magicamente ela sorvia: Ilex paragiariensis!
E que universo de precioso passado, extasiante presente e deslumbrante futuro se resumiam ali, naqueles segundos esverdeados…
O espaço tornou-se folha de um verde ofuscante, o tempo raízes esculpidas como braços a agarrar-se a terra e o viver era eternidade absoluta em seu tronco de mil abraços cheio de vida e de pura cura diante de seu pequenino mais extenso e profundo olhar desejoso, sofrido e necessitado, porém feliz por finalmente a ter encontrado. Um milagre materializado cheio de galhos salvadores!
Sunna França