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Colheita certa. O sexto fator que influencia no sabor da erva-mate.

Colheita certa. O sexto fator que influencia no sabor e aroma da erva-mate.

Nos últimos dias explicamos nos nossos artigos sobre alguns dos fatores que influenciam no sabor e aroma da erva-mate, que fazem referência a experiências sensoriais, que são as reações produzidas pelas características dos alimentos e como elas são percebidas pelos sentidos; é a soma da percepção de vários estímulos captados pelos nossos cinco sentidos (visão, tato, audição, paladar e olfato), que se traduzem em determinadas impressões.

Erva-mate não é tudo igual, e assim você pode desfrutar diferentes experiências.

Vamos citar quais são os fatores que influenciam nas características de cada erva-mate. Se você ainda não viu os fatores um a cinco, confira logo abaixo os últimos artigos.

E quais são então esses fatores?

1.Terroir

2.A escolha da muda

3.A preparação do solo

4.Tipo de cultivo

5.Sombreamento

6.A colheita certa

7.Cuidados após a poda

8.Processo na indústria

9.Regiões do melhor plantio  

No artigo: Fatores que influenciam no sabor e aroma da erva-mate, foi descrito sobre 3 fatores que influenciam no sabor e aroma da erva-mate: o Terroir, a escolha da muda e a preparação do solo.

Já no artigo: Fatores que influenciam no sabor e aroma da erva-mate: Tipos de cultivo conhecemos um pouco mais sobre isso e o impacto sobre a erva-mate.

E no artigo: Fatores que influenciam no sabor e aroma da erva-mate: Sombreamento falamos um pouco sobre um ponto muito importante. A sombra na planta, luminosidade e muito mais…

Vamos lá!

6- A colheita certa

O ato da colheita é algo muito importante…

Fonte imagem: Erva-mate: Produção planalto 

Uma erveira pode chegar a até 15 metros de altura. Por isso, na hora da poda (colheita) é importante saber qual técnica é a ideal para não perder produtividade e qualidade.

O fator humano empregado na colheita dos ramos da erva-mate, no sapeco entre outros processos têm consequências diretas na forma de produção que vem sendo reproduzidos através dos tempos, inserindo na erva-mate um sabor específico no produto final (Dranka, 2018).]

A escolha dos equipamentos certos para a poda:

A Foice

Instrumento cortante rústico. Devido ao peso e cabo longo permite podas com maior facilidade em erveiras conduzidas normalmente em consórcio com o gado. 

Neste sistema a erveira apresenta uma copada mais alta em função de os animais alimentam-se com os galhos mais baixos. Atualmente a foice é pouco usada para poda de erveiras.

O Facão

Instrumento cortante. Pode ser utilizado em todos os manejos de ervas, porém pode provocar fissuras no caule durante o corte, provocando a proliferação de fungos, levando ao apodrecimento do galho.

Serrote de poda

Instrumento cortante com serra.

Atualmente é o equipamento mais utilizado para podas em ervais conduzidos de alta produtividade. Assim como ocorre na condução da poda de macieiras, pessegueiros, e em outras frutíferas, a planta erva-mate também precisa ser conduzida por um operador capacitado que irá selecionar os galhos a serem retirados e também determinar a altura da poda, normalmente cortando entre 10cm a 15cm acima da última poda, formando uma taça. 

Ilustramos abaixo uma imagem do serrote de poda com outra imagem evidenciando o detalhe do dente de três faces

Qual a importância do dente deste serrote ? É esse modelo que determina o corte liso no caule permitindo uma cicatrização mais rápida com menos risco de apodrecimento.

Fica a dica!

Tesoura de poda manual

Instrumento cortante articulado por dois cabos e duas lâminas. Também chamado de tesoura, é também utilizado como uma ferramenta de apoio ao serrote, pois os galhos com diâmetro inferiores a 30 mm podem ser cortados com mais facilidade que o serrote.

 

Fonte imagem: http://brehmerequipamentos.com.br/produtos/tesoura-eletrica-de-poda-electrocoup-f3015/

Tesoura elétrica

Instrumento cortante com acionamento elétrico de lâmina cortante e contra lâmina. 

Embora que no Brasil o uso da tesoura elétrica tenha começado a partir de 2011, na Europa foi comercializado o primeiro lote em 1985 principalmente na Viticultura, Olivicultura e Arboricultura. 

O equipamento utiliza tecnologia de ponta utilizando bateria de Lítio e um microprocessador que gera um banco de dados com informações do dia trabalhado. A capacidade de corte do galho é de até 55mm. 

O mecanismo proporciona um corte liso e o grande diferencial é a ergonomia, algo que vem sendo cada vez mais valorizado pelas certificadoras internacionais que consideram ser muito importante observar o bem-estar dos trabalhadores florestais. 

Outro ponto importante é o rendimento na poda devido a baixa fadiga gerada ao operador. 

Vale lembrar que é necessário ter um responsável técnico de segurança no trabalho para orientar quanto ao uso dos EPIs.

A poda de formação é feita geralmente após o segundo ou terceiro ano de plantio. Essa é considerada a poda mais importante, pois é ela que irá dar condições de o mateicultor conduzir ela no formato de taça. 

 A primeira poda

Sempre se realiza no segundo ou terceiro ano, quando a planta tiver de 1,0 a 2,0 metros de altura, e seu caule próximo ao solo estiver lignificado, de cor acinzentada, e quando a planta já apresentar ramos laterais. A poda deverá ser realizada acima dos referidos ramos, sempre buscando a formação de uma arquitetura em forma de taça, deixando-a com 4 a 5 troncos principais – “pernadas” (espinha dorsal). 

A partir destes, serão 34 formados os ramos secundários – “braçadas”, que devem ser orientados para crescerem lateralmente, no formato de uma taça. 

Nesses ramos surgirão as gemas ou olhos, que formarão os pequenos ramos cheios de folhas no seu primeiro ano vegetativo – os ditos ramos produtivos ou ramos de colheita (cambitos).

Ilustração poda de formação.

A segunda poda

Realizar 18 meses após a primeira (planta com 4 a 5 anos de campo), sempre na saída do inverno e buscando abrir a planta. Importante salientar que o corte sempre deve ser em forma de bisel para que não acumule água no corte, conforme aparece na imagem abaixo.

Fonte imagem: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1080155/1/LivroDoc3131495.pdf

 

Fotógrafo: Ives Ciayton Gomes dos Reis Goulart

A terceira poda

Realizar 18 meses após a segunda (planta com 6,5 anos de campo), corrigindo sua arquitetura, deixando sempre de 4 a 5 pernadas e ramos laterais (braçadas) bem definidos. 

Fonte: http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/teses/GUIA%20ERVA-MATE_REV_NORM.pdf

Poda de colheita  

Dentre todas as práticas de manejo, a poda de colheita é uma das mais importantes. 

Diante disso, é fundamental que a poda do erval deva ser realizada de acordo com a técnica apropriada, com bom senso, de forma que se colha matéria-prima de boa qualidade e que os galhos remanescentes formem copas bem estruturadas, produtivas e sadias. 

A execução da poda interfere na produtividade e na longevidade do erval, pois influencia de forma marcante algumas funções das plantas, como crescimento, absorção de água e nutrientes, entre outras (SCARPARE FILHO et al., 2011). 

Fonte: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1080155/1/LivroDoc3131495.pdf

Nos tópicos acima pudemos ter uma noção geral sobre a importância na escolha da ferramenta mais adequada e sobre os tipos de poda para conduzir um bom erval.

As técnicas empregadas na poda influenciam na sanidade da planta, produtividade e respectivamente na qualidade final do produto.

E então, ficou com alguma dúvida? Se sim entre em contato conosco que iremos indicar o contato de um especialista das empresas de pesquisa técnica do seu estado para apoiar.

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Até o próximo!

 

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